Belém – PA

COMUNIDADE CORAÇÃO EUCARÍSTICO

No Pará, ao norte do Brasil, estamos presentes na Arquidiocese de Belém, com a Comunidade do Coração Eucarístico – A obra inserida em um dos bairros mais pobres de Belém, pertence à Província dos Padres Capuchinhos. As seis irmãs estão envolvidas nas seguintes atividades apostólicas: pastoral catequética, saúde, liturgia, família, juventude, animação dos grupos apostolado da oração, legião de Maria, movimento eucarístico e outros. As irmãs também coordenam o centro de promoção humana, que inclui a creche para crianças desnutridas, jardim de infância, serviço médico e odontológico. Na comunidade também está presente o Postulado.

FESTIVIDADE DE SANTA IZABEL DA HUNGRIA

COMUNIDADE CORAÇÃO EUCARÍSTICO BELÉM-PA

Com os Jovens do MJC (Movimento Jovens de Cristo) da Comunidade Santa Isabel da Hungria, Belém-PA. Foi muito legal! O tema era “A caminhada: Jovem, levanta-te!” (Lc7,14 ).

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Partilhamos como Jesus, no caminho, vai curando corações, tocando pessoas, transformando vidas e assim como fez no passado pode transformar a minha vida também!!!! Depois, brincamos muuuuuuuuito no futebol de sabão. O encontro foi SUPER TOP! Propósito

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UM “PRATO CHEIO” DE CARIDADE

Irmãs Doroteias e leigos ajudam a alimentar famílias pobres vítimas da Covid-19 do Pará – Brasil

Sabe-se que as consequências da Pandemia do Novo Coronavírus no Brasil atingiram duramente a população pobre que atua em trabalhos informais. São milhares de catadores de latinhas, vendedores ambulantes, carroceiros, empregadas domésticas, idosos que não conseguem se aposentar, dentre muitas outras classes de trabalhadores que, devido às necessárias regras de isolamento e distanciamento social, do dia para a noite, viram-se sem condições de manter o próprio sustento e o de suas famílias.

“Irmã, nós não vamos morrer da doença [Covid-19], vamos morrer de fome” – disse uma senhora mãe de três filhos que veio nos pedir ajuda um dia. Naquela ocasião, ela não tinha absolutamente nada para os filhos comerem.

Diante dessa situação alarmante, e conscientes também do risco de contágio – depois de um serio discernimento comunitário seguindo as palavras do nosso Santo Fundador: “ide lá onde há a doença e o perigo de morte” –realizamos com incentivo dos frades capuchinhos de nossa Paróquia “São Francisco de Assis”, e incentivadas também pela Senhora Valeria, nossa grande benfeitora, a Campanha “Prato Cheio”. Seu objetivo era ajudar as famílias pobres e extremamente pobres, neste período da Pandemia, e atender às necessidades mais urgentes da Creche D. João A. Farina, como: trocar a bomba d’água e reformar os banheiros das crianças.

A Campanha foi lançada nas redes sociais: facebook, instagram e whattsapp, e rapidamente espalhou-se por outros bairros da cidade, de modo que dezenas de doadores se sensibilizaram e começaram a fazer ofertas em cestas básicas, materiais de limpeza e de higiene e em dinheiro.

Algumas empresas também se solidarizaram, como a Equatorial (empresa de energia), a Fundação Papa João XXIII (FUNPAPA) e o Grupo Líder (Supermercado). Também, grupos de amigos se reuniram para ajudar, como o Grupo “Amigas Solidárias” e o Grupo de Ação Solidária “Amigos e Promotores de Vendas”. Outros eram antigos membros de nossa comunidade que se reuniram a partir da Campanha, como o Grupo “Comum Unidade”. Até mesmo um grupo da Polícia Militar do Estado do Pará doou 20 cestas para as famílias.

Muitas pessoas individuais também chegavam a nossas portas com o carro repleto de cestas básicas. Interessante que muitas delas faziam renúncias de algo que queriam para poderem ajudar aos pobres. É o caso do Dr. Rafael Negrão, jovem médico voluntário num Hospital de Campanha para doentes de Covid-19, e de sua amiga Bruna Marinho. Ele renunciou aos presentes de sua festa de aniversário e doou 100 cestas básicas para os pobres.

Também a estudante de Pedagogia Pâmela e as suas colegas renunciaram a festa de formatura para doar cestas para aqueles que mais necessitam. “Cada benfeitor que chegava, exprimia a alegria de doar, de poder oferecer algo deles aos outros. Quando quero agradecê-los, eles me dizem: ‘Não, irmã, nós que agradecemos por que a senhora nos dá a oportunidade de fazer o bem’” – relata Ir. Gabriella Zanata sdvi, missionária italiana responsável pelo recebimento das doações.

Também a Secretaria Municipal de Educação (SEMEC) entregava uma vez por mês 100 cestas básicas para todas as escolas e creches da rede pública municipal de ensino e a nossa creche estava inserida. Assim, também entregávamos para as famílias da Creche as cestas que vinham da Prefeitura.

A Providência chegava a qualquer horário do dia e mesmo da noite, às vezes durante as refeições e orações comuns. Mas, eram recebidas com a mesma delicadeza e alegria pelas irmãs porque sabíamos que não eram para nós, e sim para os pobres. “Valeu a pena todo o sacrifício oferecido” – diz Ir. Sheila Garcia sdvi, uma das responsáveis pelas entregas.

Assim, nós pudemos organizar, até agora (Junho de 2020), 12 entregas de 100 cestas básicas cada. Nosso público–alvo era principalmente:

 1) as famílias pobres da Creche para crianças desnutridas “D. João A. Farina”;

 2) os idosos que vivem sozinhos e não têm como se sustentar;

3) as demais famílias pobres e carentes do Bairro do Guamá.

“A caridade não tem limites”, já dizia o nosso Pai Fundador. Então, tivemos a ideia de mandar algumas cestas para outras comunidades de irmãs para que elas pudessem ajudar as famílias carentes desses lugares. Ao todo, enviamos 60 cestas para as comunidades de Benevides e Curuçá e para a Paróquia São Francisco de Assis (do bairro do Guamá).

Não sendo o bastante, o Senhor inspirou a Família católica do senhor José Manoel, d. Anália e do filho Altemar, donos de uma Padaria próxima, a também doarem diariamente 100 pães para os pobres. Com isso, ajudamos 30 famílias que a cada manhã chegavam a nossa casa para receber o pão de cada dia. As entregas iniciavam com um momento de oração e com uma mensagem do Evangelho, sempre mantendo as medidas de proteção, como o distanciamento adequado, a não aglomeração de pessoas e o uso de máscaras e álcool em gel.

Ir. Alzeneide Espíndola sdvi, comenta: “Assim como tem os doentes pela Covid-19, tem também os doentes pela fome, é preciso cuidar de ambos”. Apesar de termos alguns momentos de cansaço, sentimo-nos muito alegres com essa missão, sobretudo porque não era uma simples distribuição material, mas a cada entrega, ajudávamos as pessoas a voltarem o coração para Deus, a serem gratas pela Providência Divina que não deixa faltar nada.

As pessoas que recebem as doações se apresentam, em sua maioria, com muita humildade e continuam a agradecer e a prometer orações. Ir. Gabriella Zanata sdvi diz que se impressionou várias vezes com a expressão nos olhos daqueles que recebiam as cestas, como diz de um senhor idoso que lhe falou: “Oh! Irmã, Graças a Deus! Que a senhora possa viver cem anos para continuar ajudando as pessoas!”.

Ir. Urbanina Maule sdvi, nossa irmã mais anciã (italiana de 82 anos e missionária no Brasil a 40), reza todos os dias pelos benfeitores e tem especial carinho pelos mais pobres. Dona Rose, uma das beneficiárias, reconhece emocionada: “Agradeço muito a Deus por ter colocado a Ir. Urbanina e todas vocês na minha vida. Eu não tenho nem palavras para agradecer o que vocês estão fazendo por mim!”.

Sem dúvida, a ajuda a quem precisa é um sinal de belo envolvimento comunitário. Além de mobilizarmos aqueles que doaram, também envolvemos as funcionárias da Creche, aspirantes da Fraternidade Secular e o Movimento “Jovens de Cristo”, para que os jovens de nossa comunidade paroquial fizessem a experiência de ir ao encontro e de ajudar a quem sofre pela fome e pela pobreza. Ir. Josiane Cardoso sdvi os acompanha e ficou feliz ao perceber o envolvimento, a prontidão e a disponibilidade deles em se doar. “É um aprendizado e uma inserção na nossa missão” – afirma.

Dessa forma, diante de imensa riqueza humana e espiritual em tempos tão difíceis, quisemos expressar o quanto a Campanha “Prato Cheio”está sendo uma verdadeira experiência de solidariedade vivida por nós, Irmãs Doroteias e leigos, na periferia da cidade de Belém (Pará, Brasil) durante a pandemia. Juntos e impulsionados pela Missão, repartimos o pão material tendo em vista o “Pão da Vida” que alimenta todo o Homem.

São ainda tempos difíceis, nebulosos e incertos. Até quando a Pandemia vai durar? Até quando poderemos ajudar os pobres? Até quando teremos forças e saúde para seguir adiante? Não sabemos. Contudo, sabemos que a Campanha Prato Cheio está enchendo muitos pratos com a Caridade, “não uma caridade comum, mas aquela excelente, rara, novíssima” (S.J.A.F.) que alimenta nossa fome de paz e de esperança numa humanidade melhor pós-pandemia e, quem sabe, capaz de construir um novo amanhã.

Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas dos Sagrados Corações

Comunidade de Belém, Pará, Brasil.

A CARIDADE é sempre criativa – assim, na disponibilidade e na atenção “nos dias de hoje, a Igreja não pode estar menos comprometida” QA, nº 19

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