Desde este dia, que era 06 de janeiro 2021, quando juntamente com nossa Superiora Provincial Ir. Janete Veras Gomes saíamos de São Luís-Ma depois de um dia de repouso da viagem do Pará, de onde chegamos no dia 04/01, muito fatos ocorreram nesta contínua história do amor de Deus.

Tendo transcorrido o primeiro mês da nossa presença em Barreirinhas, vem à memória como um filme cheio de gratidão. Pois é muito bom, bonito e salutar perceber a presciência de Deus e, ao mesmo tempo, saborear na fé, também aquilo que na sua providência vai nos precedendo e conduzindo a cada passo.

Dentro desses passos, somos convidadas ao cotidiano discernimento para que, com filial e amorosa confiança colocarmos nossos pés nas suas pegadas, caminhando na dinâmica de proximidade e acolhimento, buscando seu rosto, “tocando sua carne”, no fecundo encontro com cada irmão, seus filhos amados.

A Palavra de Deus desde aquele domingo dia 10/01, como sempre, vem nos surpreendendo e conduzindo com aquela costumeira pedagogia divina. É de fato, como um farol ou uma bússola, um fogo a queimar e arder profundamente no coração.

É um sentir-se batizados no Batismo do Senhor (Mt 1, 7-11) e, como o Pai lhe proferiu “tu és o meu Filho Amado“, nós, chamadas à vivência da graça do nosso batismo entramos neste caminho que nos santifica.

Adentrando nesta novidade de vida e no fio condutor missionário, continuamos sob a orientação da Palavra na procura de encontrar Jesus Cristo a cada dia, por isso, sente-se muito inspirador colocar-se no lugar dos dois que seguem Jesus epara permanecer com Ele.

Portanto, perguntar: “Onde moras?” E quase com surpresa escutar sua encantadora resposta: “Vinde e vede” – é o trecho da segunda semana em Barreirinhas (Jo 1,35-42) – a “narração do Evangelho indica as características essenciais do itinerário de fé e, trata-se do percurso dos discípulos de todos os tempos, também o nosso”, que chamadas e enviadas vivemos essa tão bonita e nova iniciativa de Deus em nossas vidas.

Surpresa de proximidade na acolhida e na partilha de uma missão que é de todos os batizados, por graça e vocação.

Um “vinde e vede” que se encontra com os profissionais de saúde para no pátio do hospital celebrar a Eucaristia .

E experimentar “a amável morada do Senhor”, é também cuidar com zelo para que tudo resplandeça a sua presença. “O ser humano está sempre culturalmente situado: natureza e cultura encontram-se intimamente ligados” (EG, 115)

E cada orientação se torna sempre um louvor a Trindade Santa para construirmos juntos, na procura do diálogo para o bem comum.

É de fato uma realidade que “a alegria do evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus” (EG, 1). Sigamos, pois, pelos caminhos por Ele traçados, com o compromisso de procurá-lo sempre e, poder escutar o seu “vinde e vede” – assim que conosco, cada um, a seu tempo, possa fazer seu encontro e experiência com o Mestre da nossa vida.

É muito eloquente apreciar na vivência e na própria dinâmica de cada dia a cadência dos nossos passos nos passos do Mestre, é sempre Ele a apresentar-se e a motivar nossa fé, “segue-me, e eu farei de vós pescadores de homens” – (Mc 1,14-20) – contemplamos assim, nesta 3ª semana de presença em Barreirinhas, sempre dentro de um contexto vocacional, aquilo que a Palavra de Deus vai nos iluminando.

No 4º domingo, a Palavra vem-nos ao nosso (Mc 1,21-28), com esse “Cala-te e sai dele“. Todos os dias, onde se encontra uma Irmã Doroteia em oração, antes de iniciar a meditação da Palavra, nos dirigimos a Jesus para que faça “cala-se em nós todas as outras vozes que não seja a sua”. É por meio da Palavra de Deus que nossos pés partem, nossas mãos operam, nossos olhos veem, nosso coração ama.

Assim, cada pequeno encontro que acontece nesse nosso espaço de missão, toma uma dimensão espiritual e carismática indizível, pois “é o nosso Mestre Jesus, poderoso em palavras e obras, que comunica-nos toda a luz. Essa luz que ilumina o caminho por vezes escuro, da nossa existência; comunica-nos também a força necessária para superar as dificuldades, as provas e as tentações”. (Papa Francisco – Angelus – 2801/2018)

Momento muito rico na vida da Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Barrierinha-MA, foi a assembleia. Uma participação reduzida devido os protocolos próprios deste de pandemia, porém, sem perder o significado a que se propõe como igreja viva que segue os passos de Jesus na busca de tornar as Diretrizes da Ação Evangelizadoras uma realidade nas nossas pastorais.

Dentro desta semana do 5º domingo do tempo comum, nos encontramos com Jesus que cura e se coloca a serviço (Mc 1,29-32), “a febre a deixou, e ela se pôs a servi-lo” – são os nosso passos na alegria e na gratidão da consagração.

A conclusão do texto (v.35-39), indica que o anúncio do Reino de Deus por parte de Jesus reencontra o seu lugar mais apropriado no caminho. Em nossa comunidade não é e nem pode ser diferente, é um estar com os irmãos e irmãs do jeito de Jesus.

Um sinal profético de proximidade que celebra, que se coloca a serviço como a sogra de Pedro para viver na comunidade a alegria do encontro fecundo que transforma tantos situações contraditória em um verdadeiro “gosto” que tudo com a “música do Evangelho que vibra nas nossas entranhas” (FT, 277).

O Papa emérito Papa refletindo sobre o citado Evangelho disse “Jesus vindo do Pai vai à casa da humanidade, na nossa terra, e encontra uma humanidade doente, doente com febre, com aquela febre que são as ideologias, as idolatrias, o esquecimento de Deus. Ó Senhor, dá-nos a tua mão, levanta-nos e cura-nos“.

Assim, o movimento o Espírito tem sido para nossa comunidade neste tão bonito inicio de missão.

Encontrando Jesus na liturgia celebrada e em cada pessoa no acolhimento, na escuta e na simplicidade que nos envolve com tanta serenidade nesta colaboração com Cristo pela salvação da humanidade, enviadas a partir do seu Coração como despenseiras da sua misericórdia.

Constata-se no nosso no nosso cotidiano as palavras do Papa Francisco “é verdade que uma pessoa e um povo só são fecundos se souberem criativamente integrar no seu seio a abertura aos outros” (FT, 41).

Portanto, “o caminho, como lugar da Boa-Nova do Evangelho, coloca a missão da Igreja sob o sinal do “ir”, do caminho, sob o sinal do “movimento” e nunca da imobilidade” (Papa Francisco – Angelus – Domingo 04/02/2018).

…então nos colocamos sempre a caminho